Nem toda busca é igual. Enquanto alguns setores sofrem com a queda brusca de tráfego, outros conseguem manter os seus números ou até crescer.
Entretanto, os bons ventos estão longe dos sites de educação. Ao analisar o tráfego orgânico de Toda Matéria, Educamais e Infoescola, vemos que o cenário não é positivo.
Toda Matéria
Um dos maiores sites de conteúdo educacional brasileiro está longe do seu topo recente em pesquisa. O Toda Matéria, que já atingiu 8.9 milhões, de acordo com a Semrush Traffic & Market, em agosto levou apenas 4.6. O valor é correspondente a 51% do topo.

Educamais Brasil e Infoescola
Infoescola apresenta dificuldades ainda maiores que o Toda Matéria. Em março de 2024, o portal teve 1 milhão e 200 mil páginas visualizadas. Entretanto, em agosto apenas 260 mil páginas foram vistas. Isso significa que apenas 21,67% do tráfego do período anterior continua presente. Isso significa uma queda de 78,33%.

No caso do Educamais Brasil, a queda também é visível. A empresa conta com maior variedade de conteúdo, uma vez que contempla páginas oferecendo bolsas de estudo, bem como conteúdo educacional, focado principalmente no ENEM.
Em janeiro de 2024, 2 milhões e 500 mil páginas foram vistas no site. Em agosto, entretanto, apenas 602 mil. Isso significa 24,08% do topo recente. Ou seja, uma queda de cerca de 76%.

Para além das otimizações
Para os profissionais de SEO (Search Engine Optimization), é comum pensar em queda e acréscimos apenas como fator de erros e otimização, respectivamente. Entretanto, ao fazer análises mais profundas, muitas vezes, pode-se ver que os próprios mercados estão em queda.
Em primeiro lugar, as mudanças do Google são responsáveis por mudanças profundas na dinâmica de busca. Observe que as Visões de IA (AI Overviews), por exemplo, não só fornece uma resposta inicial para a pergunta, como se aprofunda no tema.

Em segundo lugar, as próprias dinâmicas de estudar e acessar as informações são modificadas ao longo do tempo. Isso significa que, dificilmente, é possível recuperar o tráfego perdido utilizando os mesmos canais anteriores. Nesse caso, as empresas precisam pensar quais são as melhores maneiras de melhorar a taxa de conversão, como no caso de Educamais Brasil ou em como melhorar a monetização, no caso dos portais educativos que sobrevivem de publicidade.
Como pode-se ver, as respostas raramente são simples. É comum que as empresas precisem repensar não somente sua estratégia de aquisição, mas todo funcionamento do negócio. Aquilo que era puramente orgânico, muitas vezes, deixa de ser. Quando se mantem, passa a funcionar com a parceria de outros canais.
Publisher do "Não é Agência!" e Especialista de SEO, Willian Porto tem mais de 21 anos de experiência em projetos de aquisição orgânica. Especializado em Portais de Notícias, também participou de projetos em e-commerces, como Americanas, Shoptime, Bosch e Trocafone.
- Willian Portohttps://naoeagencia.com.br/author/naoeagencia/
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