SEO Técnico – Não é agência! https://naoeagencia.com.br É o que você precisa em SEO e tráfego Fri, 13 Jun 2025 21:47:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://naoeagencia.com.br/wp-content/uploads/2025/04/cropped-Captura-de-Tela-2025-04-15-as-11.06.04-e1745534377430-32x32.png SEO Técnico – Não é agência! https://naoeagencia.com.br 32 32 Erich Casagrande e outros especialistas de SEO ensinam a deixar seu site vísivel para as IAs https://naoeagencia.com.br/inteligencia-artificial/2025/06/13/conteudo-invisivel-ia-solucoes/ Fri, 13 Jun 2025 21:25:47 +0000 https://naoeagencia.com.br/?p=1221 Nos últimos meses, os saltos nos avanços das inteligências artificiais transformaram as pesquisas e colocaram o tráfego orgânico de muitos sites em risco. Ser o primeiro link azul apresentado como resultado de uma busca não é mais sinônimo de receber um volume alto de cliques. 

Com a era da Pesquisa Generativa (SGE) e as respostas de IA ganhando força, o objetivo agora, além de ranquear bem na SERP, é ser escolhido como fonte de resposta para os questionamentos dos usuários. 

Ser ignorado pelas IAs significa perder visibilidade e, consequentemente, tráfego qualificado. 

Para construir um conteúdo completo e ir além do “o que fazer” e entender “como funciona”, convidamos três especialistas referências no mercado. Dando o tom da nossa análise, Erich Casagrande (Marketing Manager Lead na Semrush), com o aprofundamento técnico de Liddi Jannke (Especialista em SEO Técnico e Desenvolvedora) e os insights de André Lucas (Especialista em SEO).

Os erros que tornam seu site invisível para a IA

Antes das recomendações, o diagnóstico. Nossos especialistas apontaram que os erros fatais na era da IA são, na verdade, práticas recomendadas de SEO que cobram um preço muito alto quando são ignoradas. 

Conteúdos genéricos e a falta de autoridade 

O ponto de partida para o fracasso, segundo Erich, é a criação de conteúdo sem alma, focado apenas em performance superficial.

“O erro mais comum seria produzir conteúdo que prioriza apenas palavras-chave”, afirma Erich Casagrande. O outro erro comum é não desenvolver conteúdos originais e com autoridade. “Se você vai escrever algo igual ao que todo mundo ‘escreve, sem valor de marca, não tem razão para ser mencionado e qualquer IA pode escrever isso no seu lugar.”

Ele complementa que, além disso, muitos sites “negligenciam dados estruturados, falta de fontes confiáveis e valor de Entidade”, elementos cruciais para a IA validar uma fonte.

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O SEO técnico é visto apenas como um checklist 

Além do conteúdo, a forma como o site é estruturado tecnicamente é outro ponto cego. Para Liddi Jannke, o erro é ver o SEO Técnico de forma superficial.

“Falta de estrutura do SEO técnico”, crava Liddi Jannke. “Quando digo estrutura quero ir além de menus e hierarquias de heading tags. SEO técnico, para a grande maioria, representa pagespeed, sitemap e robots […]. No momento em que você olhar o SEO técnico como parte do TODO do SEO […] um novo olhar se abre sobre como os mecanismos de buscas encontram e avaliam o seu site.”

O “Fluff”: textos vazios e que não são objetivos 

Finalmente, mesmo com bom conteúdo e técnica, a falta de objetividade pode anular os esforços. André Lucas chama a atenção para o “fluff”.

“O erro mais comum é não ser objetivo”, aponta André Ribeiro. “Frases ou parágrafos que não acrescentam informação relevante […], servindo apenas para aumentar o tamanho do texto, é um vício dos redatores e pode confundir a IA, quando ela escanear o conteúdo […]. A IA vai dar o resultado imediato pro usuário, ou você é objetivo, direcionado a responder dúvidas ou está fora do jogo.”

Os 3 pilares para otimizar o seu conteúdo para IA 

Identificados os problemas, as soluções convergem para três pilares: Clareza, Profundidade Técnica e Autoridade Real.

1. Comece pela Clareza: Estrutura e Respostas Diretas

A solução começa pela organização do conteúdo. Para Erich Casagrande, a clareza é inegociável.

“Estruturar o conteúdo com clareza, usando headings hierárquicos (H1, H2, H3) para facilitar a compreensão e segmentação por modelos de linguagem. Responder a perguntas com frases diretas e parágrafos claramente escritos e organizados”, recomenda Erich.

Essa estrutura, por sua vez, deve ser preenchida com o que André Lucas chama de mentalidade “answer-driven”, ou seja, focada em responder diretamente às dúvidas do usuário.

2. Aprofunde na técnica: Dados Estruturados como diferencial

Para corrigir o erro de “negligenciar dados estruturados” apontado por Erich, é preciso ir além do básico. É aqui que a visão de Liddi Jannke se torna um grande diferencial.

“Acompanhando SEOs internacionais compartilhando testes, um dos grandes diferenciais […] são dados estruturados”, explica Liddi. “E aqui não estou falando sobre os tradicionais article, organization, product… Quando você estrutura o seu conteúdo com schemas completos e diferenciados, os mecanismos de buscas entendem o que você realmente deseja entregar e para quem.”

Ela lembra que o E-E-A-T foi um aviso do que estava por vir, e que o diferencial para dar clareza para as IAs é a resposta: “Talvez o diferencial dessa clareza esteja em um pequeno script esquecido junto ao tradicional SEO técnico.

3. Construa e demonstre autoridade real

O pilar final é a construção de uma autoridade que a IA possa verificar. O princípio, para Erich Casagrande, é simples:

“Escreva algo que vale a pena de verdade para seu usuário e de acordo com sua identidade de marca”, ele aconselha.

Essa autoridade é confirmada, como alerta André Lucas, por um processo de “triangulação de informações” que a IA faz em fontes externas. Ele adverte: “Não basta parecer uma fonte boa de informação, você tem de realmente ser digno de autoridade. Se você não tiver um bom produto ou não tratar bem seus clientes, esses maus relatos vão acabar chegando à internet e a IA pode escolher não te usar como fonte, por não julgar confiável”.

Criar um conteúdo de valor ainda é a melhor estratégia

A otimização para IA, portanto, não é sobre truques novos. É sobre a execução impecável dos fundamentos: criar conteúdo original e valioso, como insiste Erich; estruturá-lo com a clareza técnica defendida por Liddi; e responder ao usuário com a empatia e objetividade propostas por André. A era da IA é a era da autoridade e do valor real.

Como Erich Casagrande finaliza, é preciso criar algo que “vale a pena de verdade para seu usuário”. Sua recomendação ecoa por todos os outros conselhos, porque, no fim das contas, “todo o resto, qualquer um pode escrever por conta e não precisa de referências para isso”.

Para o Erich Casagrande, marketing manager lead na Semrush, o problema envolve o conteúdo. 

O erro mais comum seria produzir conteúdo que prioriza apenas palavras-chave, e nenhuma novidade nisso, pois isso é um erro mesmo antes do boom de LLMs. Não se pode ignorar a intenção real do usuário e a direta resposta a essa intenção — especialmente para buscas informacionais.”

Além disso, Erich Casagrande também cita a falta de originalidade e autoridade como um dos erros mais comuns quando falamos sobre a criação de conteúdos: 

“O outro erro comum é não desenvolver conteúdos originais e com autoridade, se você vai escrever algo igual ao que todo mundo escreve, sem valor de marca, não tem razão para ser mencionado e qualquer IA pode escrever isso no seu lugar.”

Problemas no conteúdo também são citados pelo André Lucas, especialista em SEO. A IA busca entregar a resposta de forma direta e curta para o usuário e, segundo ele, muitos conteúdos falham nesse ponto. 

“O erro mais comum é não ser objetivo. Frases ou parágrafos que não acrescentam informação relevante nem aprofundam o assunto, servindo apenas para aumentar o tamanho do texto, é um vício dos redatores que defendem como sendo “estilo”.

Para Liddi Jannke, especialista em SEO Técnico e desenvolvedora, a parte técnica do site tem um papel essencial para que o seu conteúdo não seja invisível para as IAs:

Falta de estrutura do SEO técnico. Quando digo estrutura quero ir além de menus e hierarquias de heading tags. SEO técnico, para a grande maioria, representa pagespeed, sitemap e robots, porém ele tem uma parcela muito maior na responsabilidade de visibilidade, ou seja, ele deve fazer sentido com o conteúdo que você entrega!

No momento em que você olhar o SEO técnico como parte do TODO do SEO, e não apenas uma lista de erros que as ferramentas de SEO trazem (obrigada ferramentas, vocês nos ajudam muito aqui!), um novo olhar se abre sobre como os mecanismos de buscas encontram e avaliam o seu site como qualificado para a IA”.

Os sites erram deixando de fazer coisas que já eram recomendadas até antes mesmo da explosão de IAs no dia a dia dos usuários. A criação de conteúdos sem autoridade, originalidade e a negligência da parte de técnica de SEO, ao não vê-la como um todo e fundamental para as estratégias de SEO. 

Quais são as recomendações dos especialistas?

Como é normal, a cada novo avanço ou mudança, todos os dias surgem novas dicas, estratégias e sugestões do que fazer para conseguir aparecer com mais frequência nas IAs, mas o que realmente é útil e o que é apenas barulho? 

Além de prestar uma atenção especial nos dados estruturados e entidades, o Erich Casagrande aconselha produzir seus conteúdos de forma organizada e clara: 

“Estruturar o conteúdo com clareza, usando headings hierárquicos (H1, H2, H3) para facilitar a compreensão e segmentação por modelos de linguagem. Responder às perguntas com frases diretas e parágrafos claramente escritos e organizados. Usar dados estruturados para facilitar a identificação de entidades, autores, contextos e referências. E escreva algo que vale a pena de verdade para seu usuário e de acordo com sua identidade de marca”.

A ideia de clareza e organização clara dos conteúdos também é o que a Liddi Jannke sugere. 

“Acompanhando SEOs internacionais compartilhando testes, um dos grandes diferenciais, quando olhamos para o SEO técnico, são dados estruturados. E aqui não estou falando sobre os tradicionais article, organization, product… Quando você estrutura o seu conteúdo com schemas completos e diferenciados, os mecanismos de buscas entendem o que você realmente deseja entregar e para quem você quer chegar.”

Como exercício de reflexão, a profissional também comenta sobre como a página certa precisa aparecer no momento certo para o usuário:

“Pense comigo: uma marca trabalha com um produto. Ela terá palavras-chave e conteúdos dessa palavra-chave do produto na home, no produto, na categoria, no blog… E ao pesquisar sobre, seus conteúdos de blog surgem ao invés do seu serviço, tão necessário posicionar para manter um negócio funcionando — financeiramente.”

Além de comentar que, apesar dos avanços da IA, eles ainda são “eles ainda são uma sequência de códigos decifrando nossos conteúdos e tentando adivinhar o que melhor se encaixa em suas respostas”. 

O especialista André Lucas sugere que a produção de conteúdo seja “answer-driven” e foque sempre em responder de forma direta e objetiva aos questionamentos dos usuários. Outras recomendações que ele comenta são testar o uso de dados estruturados e as menções ao seu site na internet. 

“Pense na pergunta que você faria e a dê a resposta que você gostaria de receber, completa[…] Seja sempre answer-driven e bem objetivo. Isso é ouro na hora de produzir o conteúdo.”

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ISTOÉ perdeu 63% do tráfego orgânico, segundo Similarweb; como isso aconteceu? https://naoeagencia.com.br/seo/2025/05/13/istoe-perdeu-63-do-trafego-organico-segundo-similarweb-como-isso-aconteceu/ Tue, 13 May 2025 15:02:33 +0000 https://naoeagencia.com.br/?p=706 Você já pensou por que um veículo jornaístico do tamanho da IstoÉ poderia perder 63% do tráfego orgânico e 53% do tráfego Discover de um dia para o outro?

Em alguns casos, como a queda repentina de Discover, não há nenhuma culpa dos editores. Nem de tecnologia, nem de patrocinadores. Zero.

Aqui, este não é o caso.

Ao menos nos últimos meses, o site da IstoÉ abusou e colocou o buscador à prova. O resultado não poderia ser outro. Quedas. Confira!

Histórico recente de ISTOÉ

Antes de mais anda, é fundamental registrar que nada aqui relatado constitui crime ou ato ilícito. Dessa forma, toda análise se baseia, de forma técnica, em analisar a queda do tráfego e, principalmente, o que podemos aprender com ela.

Como é possível ver rapidamente, segundo dados de SimilarWeb, o site saiu da casa dos 16 milhões para algo próximo dos 6 milhões. Uma queda mais que considerável.

Redução de Tráfego de IstoÉ – Últimos 3 meses – SimilarWeb

Ao ver o gráfico diário, observamos que a queda, repentina, aconteceu entre o dia 7 e 8 de abril.

Redução de Tráfego de IstoÉ – Últimos 3 meses – SimilarWeb – Tráfego Mobile

Os canais impactados foram variados. Ao começar com o canal Direto, que, via de regra, também registra o tráfego via Discover.

Redução de Tráfego de IstoÉ – Últimos 3 meses – SimilarWeb – Tráfego Direto

Ainda mais expressiva foi a queda de Search, que alcançou 63%.

Redução de Tráfego de IstoÉ – Últimos 3 meses – SimilarWeb – Tráfego Orgânico

Histórico maior de IstoÉ

Se, por um lado, o movimento recente do veículo é preocupante, por outro, as maiores quedas já aconteceram em 2021.

Gráfico de tráfego estimado – SEMRush

O mesmo aconteceu com as palavras-chave.

Gráfico de palavras-chave – SEMRush

Vale lembrar também que a ISTOÉ tem passado por uma série de reformulações. O portal, por exemplo, não tem relação com a antiga revista. Por isso, no footer já avisa que não faz nenhum tipo de cobrança ou cancelamento.

Em 2022, os domínios foram vendidos por 15 milhões. Em tese, isso significa um trabalho novo com novas perspectivas, o que ajuda a explicar os números.

Aqui, ao final do conteúdo do footer, temos a primeira menção a “ISTOÉ GERAL”. O que será isso? Por que ela não tem relação com o site? Explicaremos agora.

ISTOÉ Geral

A primeira vez que encontramos algum conteúdo relacionado ao IstoÉ Geral foi em 23 de setembro de 2024. A última aparição aconteceu em 10 de abril de 2025, após a maior queda dos últimos meses.

Aparentemente, nada mais que um blog qualquer.

Fonte: web.archive.org

Ao abrir um conteúdo, embora tivesse qualidade duvidosa, nada chamava muita atenção.

Fonte: web.archive.org

Entretanto, ao ver o footer da página, logo entendemos o que aconteceu. Na verdade, o conteúdo não pertencia a IstoÉ. Era uma parceria com outra empresa. No caso, a Myth Desenvolvimento LTDA.

A própria IstoÉ deixa claro que não tinha nenhum vínculo com o conteúdo exibido no seu domínio.

A ISTOE GERAL é uma editoria independente sem vinculação editorial e societária com A ISTOÉ PUBLICAÇÕES LTDA.

Fonte: web.archive.org

Qual o problema enfrentado aqui, talvez você pergunte. Os profissionais mais atentos, talvez se lembrem do problema que outro grande veículo enfrentou recentemente. Dessa vez, os Estados Unidos.

Abuso de autoridade

A Forbes, durante o ano de 2024 enfrentou alguns problemas, relacionados a “ser parasita” e “abuso de autoridade” que acontece quando o Google confia na qualidade geral do domínio e dá visibilidade a pastas que não pertencem a mesma empresa, tendo conteúdo de qualidade duvidável ou objetivos muito distintos do principal. Por exemplo, um portal de noticias que tem uma área para cupons de compras.

O maior problema com abuso de autoridade está nos parceiros. Eles sabem que o Google avalia um conteúdo novo a partir do histórico do domínio. Por isso, algumas empresas procuram portais consolidados para fazer com que o conteúdo delas tenha maior desempenho e, consequentemente, resultados via anúncios, como Adsense.

É um problema para o usuário, que não pode confiar na marca que está veiculando o conteúdo – dificilmente ele iria ao rodapé para saber que não é um conteúdo gerado pela empresa, quanto para o Google, gerando uma crise de confiança em relação a tudo o que postado.

Aparentemente, IstoÉ enfrenta o mesmo problema que Forbes teve no passado. A grande diferença é que, no caso brasileiro, a empresa parceira teve relativamente pouco tempo para comemorar. Em abril, tudo desmoronou.

Provavelmente, receberam uma ação manual do próprio Google, uma vez que o movimento repentino foi após a atualização.

Fonte: SEMRush

Com os resultados ruins, no dia 10 de abril, a parceria terminou. Entretanto, não foi o fim da história.

O maior problema é que o conteúdo da própria empresa também começou a minguar para o Google. Descontando-se os dados de /geral/ os resultados do restante do site também não foram bons no período, caindo mais de 50%.

Tráfego sem considerar IstoÉ Geral

Vale lembrar aqui que disponibilizar para seu usuário um conteúdo que não é gerido pela sua equipe é extremamente preocupante e pode impactar a forma com que o Google vê todo o site.

Até o fechamento deste conteúdo, a ISTOÉ não respondeu nossos questionamentos.

O que o site da ISTOÉ pode fazer?

Em primeiro lugar, a empresa precisa voltar a se preocupar extremamente com seu leitor. Pode ser tentador tentar disponibilizar uma parte do site para outra empresa, mas os benefícios de curto prazo dificilmente compensarão os malefícios vindouros.

Aqui, talvez, apenas a empresa parceira tenha alguma vantagem, uma vez que ela não dependa do domínio.

Um ponto preocupante, para mim, foi a forma com que a empresa lidou com os conteúdos /geral/. Embora não sejam mais veiculados, eles foram redirecionados para a Home do site.

Seria extremamente interessante se a empresa deixasse esse conteúdo como 404 (ou similar), indicando que o conteúdo não existe mais e que não há nenhuma intenção em recupera-lo ou usá-lo para algum benefício da saúde ou do estado próprio.

No mesmo sentido, é fundamental pensar EEAT, não como uma otimização, mas como uma segurança para que os usuarios entendam a qualidade do conteúdo e, depois, o próprio Google.

Depois de desastres como esse, deve-se repensar cada estrutura com o intuito de se descolar do erro outrora cometido.

O que profissionais de SEO e Conteúdo devem saber?

Alguns pontos fundamentais são:

  • uma parte pode invalidar o todo; analise com critério qualquer tipo de parceria que possa diminuir o valor geral do seu domínio;
  • ao ver possibildiades de crescimento, coloque na conta o quanto ela interagirá com o conteúdo principal; o ideal é que outras avenidas de crescimento ajudem a parte principal, não o contrario;
  • estratégias polêmicas funcionam até que elas ganhem visibilidade; após notarem que você está grande demais, provavelmente você cairá;
  • estratégias polêmicas, além de poderem funcionar por pouco tempo, podem colocar em dificuldade o seu tráfego original;
  • depois de uma punição, você precisa tentar remover todo resquício do prática controversa e mostrar, com ações, o arrependimento.

Acompanharemos o case. Como spoiler, esse caso não é único.

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Google: renderização de JS acontece em 5s; agendamento pode atrasar o processo https://naoeagencia.com.br/seo/2025/05/05/google-renderizacao-de-js-acontece-em-5s-agendamento-pode-atrasar-o-processo/ Mon, 05 May 2025 20:16:30 +0000 https://naoeagencia.com.br/?p=595 Contexto: a velocidade de renderização do JavaScript

Uma preocupação frequente entre desenvolvedores e profissionais de SEO é o tempo que o Google leva para renderizar conteúdo baseado em JavaScript. Estudos externos, como um mencionado da Vercel, chegaram a apontar possíveis atrasos de semanas entre o rastreamento e a renderização completa do JS para algumas páginas. Mas qual a visão do Google sobre isso?

A resposta do Google: renderização é rápida (mediana de 5 segundos)

Em entrevista a Kenichi Suzuki, Martin Splitt, da equipe de Relações de Pesquisa do Google, esclareceu essa questão. Quando perguntado sobre o tempo de renderização, ele foi direto:

  • “O tempo mediano é? Cinco segundos.”

Isso indica que o processo de renderização em si, realizado pelo Web Rendering Service (WRS) – que é compartilhado entre o Googlebot e o Google-Extended (bot do Gemini) – é geralmente muito rápido.

O gargalo real: agendamento do pipeline de indexação

Se a renderização é rápida, por que podem ocorrer atrasos significativos? Martin Splitt explicou que o problema não está na capacidade de renderizar, mas no processo geral de indexação:

  • Atraso não é na renderização: “Existem casos em que leva tanto tempo, mas não a renderização em si, mais como um problema com o agendamento real do pipeline de indexação.”
  • Como funciona: Uma página pode ser rastreada, mas sua entrada no pipeline para processamento e indexação pode ser adiada.
  • Priorização: “Algum sistema pode ter pensado que isso não é tão importante, mas eventualmente chegaremos lá, mas outras coisas têm prioridade.” Ou seja, o Google prioriza recursos e pode processar páginas consideradas mais importantes primeiro.

Desafios na medição externa

Splitt também mencionou que estudos externos podem ter dificuldades em medir precisamente quando a renderização ocorre versus quando a página é totalmente processada e indexada:

  • “…medir quando algo é renderizado é muito difícil, então, às vezes, pode apenas fornecer dados incorretos.”

Impacto da autoridade do site e orçamento de rastreamento

É importante notar que a velocidade com que o Google processa um site (incluindo rastreamento, renderização e indexação) não é uniforme para todos.

  • Sites com maior autoridade: Geralmente, sites estabelecidos, com muitos backlinks de qualidade e sinais de autoridade, tendem a ter seus conteúdos rastreados e processados mais rapidamente. O Google aloca mais recursos (maior “orçamento de rastreamento” ou crawl budget) para eles.
  • Sites menores ou mais novos: Sites com menos autoridade ou recém-lançados costumam receber um orçamento de rastreamento menor. Isso significa que o Google pode levar mais tempo para descobrir, rastrear e processar todas as suas páginas.
  • Implicação: Para sites menores, a eficiência técnica e a qualidade do conteúdo são ainda mais críticas. Eles precisam “errar menos” – garantir que o site seja facilmente rastreável, rápido e com conteúdo valioso – para aproveitar ao máximo cada visita do Googlebot e acelerar o processo de indexação o máximo possível.

Conclusão: o desafio maior é acelerar o processo completo

Embora a renderização do JavaScript em si seja geralmente rápida (mediana de 5 segundos), o desafio real para muitos sites reside em acelerar todo o processo, desde o rastreamento até a indexação final.

O foco principal deve ser:

  1. Garantir a Processabilidade: Assegurar que o Google consiga ler e entender todo o conteúdo importante, incluindo aquele gerado por JavaScript e as informações presentes nos dados estruturados. Problemas técnicos aqui podem impedir ou atrasar a indexação.
  2. Aumentar a Prioridade e o Crawl Budget: Influenciar positivamente a forma como o Google aloca recursos para o seu site. Isso é alcançado através de:
    • Conteúdo de alta qualidade: Sinaliza relevância e importância.
    • Links internos eficientes: Ajudam o Google a descobrir e entender a estrutura do site.
    • Links externos (backlinks) de qualidade: São um forte sinal de autoridade, que impacta diretamente o orçamento de rastreamento e a prioridade dada ao site.
    • Boa performance e saúde técnica: Evita desperdiçar o crawl budget com erros ou lentidão.

Em resumo, enquanto a renderização isolada raramente é o problema, otimizar os fatores que influenciam o rastreamento, a priorização e a compreensão do conteúdo é fundamental para ter seu site processado de forma mais rápida e eficiente pelo Google.

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