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sexta-feira, junho 13, 2025
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Erich Casagrande e outros especialistas de SEO ensinam a deixar seu site vísivel para as IAs

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Sumário

Nos últimos meses, os saltos nos avanços das inteligências artificiais transformaram as pesquisas e colocaram o tráfego orgânico de muitos sites em risco. Ser o primeiro link azul apresentado como resultado de uma busca não é mais sinônimo de receber um volume alto de cliques. 

Com a era da Pesquisa Generativa (SGE) e as respostas de IA ganhando força, o objetivo agora, além de ranquear bem na SERP, é ser escolhido como fonte de resposta para os questionamentos dos usuários. 

Ser ignorado pelas IAs significa perder visibilidade e, consequentemente, tráfego qualificado. 

Para construir um conteúdo completo e ir além do “o que fazer” e entender “como funciona”, convidamos três especialistas referências no mercado. Dando o tom da nossa análise, Erich Casagrande (Marketing Manager Lead na Semrush), com o aprofundamento técnico de Liddi Jannke (Especialista em SEO Técnico e Desenvolvedora) e os insights de André Lucas (Especialista em SEO).

Os erros que tornam seu site invisível para a IA

Antes das recomendações, o diagnóstico. Nossos especialistas apontaram que os erros fatais na era da IA são, na verdade, práticas recomendadas de SEO que cobram um preço muito alto quando são ignoradas. 

Conteúdos genéricos e a falta de autoridade 

O ponto de partida para o fracasso, segundo Erich, é a criação de conteúdo sem alma, focado apenas em performance superficial.

“O erro mais comum seria produzir conteúdo que prioriza apenas palavras-chave”, afirma Erich Casagrande. O outro erro comum é não desenvolver conteúdos originais e com autoridade. “Se você vai escrever algo igual ao que todo mundo ‘escreve, sem valor de marca, não tem razão para ser mencionado e qualquer IA pode escrever isso no seu lugar.”

Ele complementa que, além disso, muitos sites “negligenciam dados estruturados, falta de fontes confiáveis e valor de Entidade”, elementos cruciais para a IA validar uma fonte.

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O SEO técnico é visto apenas como um checklist 

Além do conteúdo, a forma como o site é estruturado tecnicamente é outro ponto cego. Para Liddi Jannke, o erro é ver o SEO Técnico de forma superficial.

“Falta de estrutura do SEO técnico”, crava Liddi Jannke. “Quando digo estrutura quero ir além de menus e hierarquias de heading tags. SEO técnico, para a grande maioria, representa pagespeed, sitemap e robots […]. No momento em que você olhar o SEO técnico como parte do TODO do SEO […] um novo olhar se abre sobre como os mecanismos de buscas encontram e avaliam o seu site.”

O “Fluff”: textos vazios e que não são objetivos 

Finalmente, mesmo com bom conteúdo e técnica, a falta de objetividade pode anular os esforços. André Lucas chama a atenção para o “fluff”.

“O erro mais comum é não ser objetivo”, aponta André Ribeiro. “Frases ou parágrafos que não acrescentam informação relevante […], servindo apenas para aumentar o tamanho do texto, é um vício dos redatores e pode confundir a IA, quando ela escanear o conteúdo […]. A IA vai dar o resultado imediato pro usuário, ou você é objetivo, direcionado a responder dúvidas ou está fora do jogo.”

Os 3 pilares para otimizar o seu conteúdo para IA 

Identificados os problemas, as soluções convergem para três pilares: Clareza, Profundidade Técnica e Autoridade Real.

1. Comece pela Clareza: Estrutura e Respostas Diretas

A solução começa pela organização do conteúdo. Para Erich Casagrande, a clareza é inegociável.

“Estruturar o conteúdo com clareza, usando headings hierárquicos (H1, H2, H3) para facilitar a compreensão e segmentação por modelos de linguagem. Responder a perguntas com frases diretas e parágrafos claramente escritos e organizados”, recomenda Erich.

Essa estrutura, por sua vez, deve ser preenchida com o que André Lucas chama de mentalidade “answer-driven”, ou seja, focada em responder diretamente às dúvidas do usuário.

2. Aprofunde na técnica: Dados Estruturados como diferencial

Para corrigir o erro de “negligenciar dados estruturados” apontado por Erich, é preciso ir além do básico. É aqui que a visão de Liddi Jannke se torna um grande diferencial.

“Acompanhando SEOs internacionais compartilhando testes, um dos grandes diferenciais […] são dados estruturados”, explica Liddi. “E aqui não estou falando sobre os tradicionais article, organization, product… Quando você estrutura o seu conteúdo com schemas completos e diferenciados, os mecanismos de buscas entendem o que você realmente deseja entregar e para quem.”

Ela lembra que o E-E-A-T foi um aviso do que estava por vir, e que o diferencial para dar clareza para as IAs é a resposta: “Talvez o diferencial dessa clareza esteja em um pequeno script esquecido junto ao tradicional SEO técnico.

3. Construa e demonstre autoridade real

O pilar final é a construção de uma autoridade que a IA possa verificar. O princípio, para Erich Casagrande, é simples:

“Escreva algo que vale a pena de verdade para seu usuário e de acordo com sua identidade de marca”, ele aconselha.

Essa autoridade é confirmada, como alerta André Lucas, por um processo de “triangulação de informações” que a IA faz em fontes externas. Ele adverte: “Não basta parecer uma fonte boa de informação, você tem de realmente ser digno de autoridade. Se você não tiver um bom produto ou não tratar bem seus clientes, esses maus relatos vão acabar chegando à internet e a IA pode escolher não te usar como fonte, por não julgar confiável”.

Criar um conteúdo de valor ainda é a melhor estratégia

A otimização para IA, portanto, não é sobre truques novos. É sobre a execução impecável dos fundamentos: criar conteúdo original e valioso, como insiste Erich; estruturá-lo com a clareza técnica defendida por Liddi; e responder ao usuário com a empatia e objetividade propostas por André. A era da IA é a era da autoridade e do valor real.

Como Erich Casagrande finaliza, é preciso criar algo que “vale a pena de verdade para seu usuário”. Sua recomendação ecoa por todos os outros conselhos, porque, no fim das contas, “todo o resto, qualquer um pode escrever por conta e não precisa de referências para isso”.

Para o Erich Casagrande, marketing manager lead na Semrush, o problema envolve o conteúdo. 

O erro mais comum seria produzir conteúdo que prioriza apenas palavras-chave, e nenhuma novidade nisso, pois isso é um erro mesmo antes do boom de LLMs. Não se pode ignorar a intenção real do usuário e a direta resposta a essa intenção — especialmente para buscas informacionais.”

Além disso, Erich Casagrande também cita a falta de originalidade e autoridade como um dos erros mais comuns quando falamos sobre a criação de conteúdos: 

“O outro erro comum é não desenvolver conteúdos originais e com autoridade, se você vai escrever algo igual ao que todo mundo escreve, sem valor de marca, não tem razão para ser mencionado e qualquer IA pode escrever isso no seu lugar.”

Problemas no conteúdo também são citados pelo André Lucas, especialista em SEO. A IA busca entregar a resposta de forma direta e curta para o usuário e, segundo ele, muitos conteúdos falham nesse ponto. 

“O erro mais comum é não ser objetivo. Frases ou parágrafos que não acrescentam informação relevante nem aprofundam o assunto, servindo apenas para aumentar o tamanho do texto, é um vício dos redatores que defendem como sendo “estilo”.

Para Liddi Jannke, especialista em SEO Técnico e desenvolvedora, a parte técnica do site tem um papel essencial para que o seu conteúdo não seja invisível para as IAs:

Falta de estrutura do SEO técnico. Quando digo estrutura quero ir além de menus e hierarquias de heading tags. SEO técnico, para a grande maioria, representa pagespeed, sitemap e robots, porém ele tem uma parcela muito maior na responsabilidade de visibilidade, ou seja, ele deve fazer sentido com o conteúdo que você entrega!

No momento em que você olhar o SEO técnico como parte do TODO do SEO, e não apenas uma lista de erros que as ferramentas de SEO trazem (obrigada ferramentas, vocês nos ajudam muito aqui!), um novo olhar se abre sobre como os mecanismos de buscas encontram e avaliam o seu site como qualificado para a IA”.

Os sites erram deixando de fazer coisas que já eram recomendadas até antes mesmo da explosão de IAs no dia a dia dos usuários. A criação de conteúdos sem autoridade, originalidade e a negligência da parte de técnica de SEO, ao não vê-la como um todo e fundamental para as estratégias de SEO. 

Quais são as recomendações dos especialistas?

Como é normal, a cada novo avanço ou mudança, todos os dias surgem novas dicas, estratégias e sugestões do que fazer para conseguir aparecer com mais frequência nas IAs, mas o que realmente é útil e o que é apenas barulho? 

Além de prestar uma atenção especial nos dados estruturados e entidades, o Erich Casagrande aconselha produzir seus conteúdos de forma organizada e clara: 

“Estruturar o conteúdo com clareza, usando headings hierárquicos (H1, H2, H3) para facilitar a compreensão e segmentação por modelos de linguagem. Responder às perguntas com frases diretas e parágrafos claramente escritos e organizados. Usar dados estruturados para facilitar a identificação de entidades, autores, contextos e referências. E escreva algo que vale a pena de verdade para seu usuário e de acordo com sua identidade de marca”.

A ideia de clareza e organização clara dos conteúdos também é o que a Liddi Jannke sugere. 

“Acompanhando SEOs internacionais compartilhando testes, um dos grandes diferenciais, quando olhamos para o SEO técnico, são dados estruturados. E aqui não estou falando sobre os tradicionais article, organization, product… Quando você estrutura o seu conteúdo com schemas completos e diferenciados, os mecanismos de buscas entendem o que você realmente deseja entregar e para quem você quer chegar.”

Como exercício de reflexão, a profissional também comenta sobre como a página certa precisa aparecer no momento certo para o usuário:

“Pense comigo: uma marca trabalha com um produto. Ela terá palavras-chave e conteúdos dessa palavra-chave do produto na home, no produto, na categoria, no blog… E ao pesquisar sobre, seus conteúdos de blog surgem ao invés do seu serviço, tão necessário posicionar para manter um negócio funcionando — financeiramente.”

Além de comentar que, apesar dos avanços da IA, eles ainda são “eles ainda são uma sequência de códigos decifrando nossos conteúdos e tentando adivinhar o que melhor se encaixa em suas respostas”. 

O especialista André Lucas sugere que a produção de conteúdo seja “answer-driven” e foque sempre em responder de forma direta e objetiva aos questionamentos dos usuários. Outras recomendações que ele comenta são testar o uso de dados estruturados e as menções ao seu site na internet. 

“Pense na pergunta que você faria e a dê a resposta que você gostaria de receber, completa[…] Seja sempre answer-driven e bem objetivo. Isso é ouro na hora de produzir o conteúdo.”

Gabriel Saldanha é especialista em SEO e marketing digital, com foco em crescimento orgânico, dados e performance. Atua ajudando empresas a atrair mais tráfego qualificado e converter resultados no digital.

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