Google Discover: especialista relata as melhores estratégias, como sobreviver em um mundo de IA e como se recuperar de queda

Willian Porto
5 Min Read

Em nossa última parte da entrevista com Nicolás Billia, ele mostra quais são as melhores estratégias para ter visibilidade no Google Discover, como sobreviver em um mundo de IA e, por fim, como se recuperar em quedas de tráfego. Confira!

Veja as partes anteriores:

Estratégias para dominar o Discover

Para obter um impacto maior no Google Discover, a Nomadic utiliza abordagens baseadas em dados:

  • Análise de entidades e categorias via PNL (Processamento de Linguagem Natural): “Análise de entidades e categorias usando algoritmos de PNL que nossa equipe de dados desenvolve e que nos permitem tomar decisões baseadas em dados.” Isso ajuda a entender a “eficiência no Discover a partir de comparar a produção total de um meio contra o que entra no Discover para ver onde devem ajustar (entidades que se escreve muito e entram pouco ou entidades que se escreve pouco, entram no Discover e têm cliques médios altos)”.
  • Contraste de dados: É vital “poder contrastar dados first party com os que provêm de ferramentas third party como Discover Snoop, que te permitem ter um proxy do que ocorre no Discover no mercado”.

O futuro com a IA: como os portais poderão sobreviver?

A popularização do Modo IA e das AI Overviews (Vistas Gerais de IA) é um desafio e uma oportunidade. O especialista sugere que os portais precisam “entender em que temáticas ou verticais estou tendo mais visibilidade como fonte das AI Overviews ou no ChatGPT”. E também “ver para que tipo de keywords os LLMs disparam outputs com citações ao meu meio”.

Ele vislumbra um novo modelo de negócio: “creio que pode surgir um negócio interessante para os meios: antes vendias links em publieditoriais e hoje os LLMs usam menções, o que para mim dá muito mais espaço para tomar ações por aqui porque os LLMs não têm core update, penalização nem nada”.

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O especialista detalha suas ideias: “Que imagino? Um e-commerce vindo ao O’Globo para comprar um pacote de 100 notas mencionando sua marca em notas de diferentes produtos que queiram impulsionar nos LLMs, que você como meio possa escolher não indexá-las para não sofrer um golpe de core update ou testá-las no Discover”. Ou ainda, “que os meios possam ver em monitores de visibilidade para quais queries aparecem nas AIOs citados como fonte e, com base nisso, vender visibilidade a marcas nessas notas ou o que te disse acima de vender pacote de notas relacionadas a essas temáticas que o LLM já te mostra”.

Como lidar com Google Discover?

O especialista explica o porquê: “Os meios menores carecem de autoridade de domínio para se manterem no tempo e não costumam analisar as métricas de engajamento que são das mais importantes que o Google tem hoje”.

Ele reitera que “o Google aposta em portais grandes porque tem sinais positivos acumulados, enquanto um vertical ou publisher pequeno talvez recorra a estratégias monótonas ou simplesmente sofre que um meio grande copie sua estratégia e assim perca sua visibilidade”. Para o meio menor, a solução é clara: “precisa reinventar-se permanentemente e analisar não só o clique, mas a qualidade do clique (o comportamento do usuário dentro do site)”.

Uma dica final para recuperar tráfego

Para quem perdeu uma parte significativa do tráfego e está desesperado, o conselho é direto: “Deixar de buscar balas de prata e fazer uma análise exaustiva em termos de engajamento, usabilidade, estratégia editorial”.

O especialista conclui que “arrumar os core web vitals de forma isolada ou copiar as notas dos que fazem as coisas bem não é o suficiente; hoje mais do que nunca é preciso buscar diferenciar-se e não seguir a corrente em todos os tiros”.

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Publisher e Especialista em SEO | Web |  + posts

Publisher do "Não é Agência!" e Especialista de SEO, Willian Porto tem mais de 21 anos de experiência em projetos de aquisição orgânica. Especializado em Portais de Notícias, também participou de projetos em e-commerces, como Americanas, Shoptime, Bosch e Trocafone.

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