Desde o lançamento do GPT-5, estamos estudando o quanto o novo modelo da OpenIA consegue entregar notícias rapidamente aos usuários.
Em nossas análises, ele tem conseguido entregar respostas claras e corretas com muito mais velocidade, se comparado aos principais concorrentes.
Veja um exemplo.
Teste
Começamos com uma notícia publicada momentos antes da busca por Central da Toca.
O jogador em questão, escondido no título, se refere a Gui Meira, em partida pelo Feirense.
Nosso objetivo, foi, então procurar nos concorrentes para ver se eles teriam contexto completo 15 minutos depois da publicação.
A busca do Google falhou, mostrou resultados envolvendo outro jogador que já passou pelo Cruzeiro, o atacante Robert. Entretanto, a notícia é do ano passado.
Aparentemente, o erro do Google influenciou o resultado de outros Chats de IA. Veja o comportamento de Gemini:
Perplexity, reconhecida por lidar bem com notícias, teve o mesmo erro:
Para nossa surpresa, o único a conseguir acessar a informação correta quinze minutos depois da publicação foi o GPT-5. Observe como ele acerta a interpretação certa da notícia, bem como o veículo que publicou:
Um pouco mais de uma hora e meia depois, o Google atualizou a página de pesquisas, retirou o snippet e colocou em primeiro lugar um tweet:
Ainda assim, os Chats de IA repetiram a mesma resposta.
Chave para a resposta?
Encontramos, não tão bem posicionado, um conteúdo diverso já indexado que continha os termos exatos procurados. É possível que o GPT tenha usado a página como uma espécie de ponte para para descobrir a página real facilmente e dar todo o contexto para a busca.
Vinícius Veloso, analista de SEO, trouxe outro exemplo:
Nesse exemplo, o analista também viu que uma página recém-publicada também foi citada rapidamente pelo GPT.
Por mais que o Chat GPT-5 tenha sido duramente criticado, ele parece ser capaz de conseguir mostrar informações atualizadas com mais segurança que o próprio Google. Vale lembrar que escolhemos uma notícia não publicada por outros portais, uma vez que desejávamos entender como Google e os demais chats de IA lidariam com conhecimento novo.
Isso pode estar relacionado ao SearchGPT. Como disse Dan Petrovic:
A integração do GPT-5 com o SearchGPT revela a evidência mais clara de priorizar o raciocínio sobre o conhecimento interno. O sistema determina automaticamente quando pesquisar na web versus confiar no conhecimento paramétrico, com o SearchGPT se tornando uma capacidade nativa em vez de uma ferramenta externa. Essa integração produz melhorias dramáticas: 45% menos erros factuais do que o GPT-4o quando a pesquisa na web está ativada e 80% menos erros do que o3 ao usar o modo de raciocínio.
Quais são as consequências para portais de notícias?
Em primeiro lugar, portais de conteúdo e notícias precisam considerar a experiência de uso de chats de IA para proporcionar uma experiência relevante para seus próprios usuários.
Nessa consideração, é fácil inserir sistemas que permitam conversar com a notícia ou mesmo resumi-la com auxílio de IA. Entretanto, quando falamos de experiência, falamos mais sobre o consumo da notícia, proporcionado por IA, do que simplesmente inserir a tecnologia de alguma forma.
Ou seja, precisamos desenhar formas mais relevantes para as pessoas consumirem notícias desde a home até a notícia em si, usando ou não IA nesse processo. Em vez da forma (basicamente inserir inteligência generativa), precisamos entender o que tem levado pessoas a preferir tal utilização.
Nosso próximo teste é entender qual a capacidade do GPT-5 em conseguir os mesmos resultados quando bloqueado via robots.txt.
Publisher do "Não é Agência!" e Especialista de SEO, Willian Porto tem mais de 21 anos de experiência em projetos de aquisição orgânica. Especializado em Portais de Notícias, também participou de projetos em e-commerces, como Americanas, Shoptime, Bosch e Trocafone.
