No cenário em rápida evolução da pesquisa, o Modo IA do Google surgiu como um ponto de interesse crítico para profissionais de marketing e SEO. Embora o acesso a dados granulares sobre essa nova funcionalidade permaneça limitado, a iPullRank, em colaboração com a SimilarWeb, forneceu um panorama inicial do comportamento do usuário no Modo IA.
Este relatório, baseado em pontos de dados diários relativos de mais de 100.000 usuários do Modo IA entre 20 de maio (data de lançamento público) e 19 de junho, oferece insights valiosos sobre métricas-chave como pesquisas por sessão, taxas de referência, comprimento médio da consulta e muito mais.
Os dados presentes são relevantes para constatar com as diversas declarações que dizem que o Google envia “tráfego de qualidade” aos sites.
Modo IA e as referências
Uma das perguntas mais importantes para as equipes de SEO e marketing gira em torno do tráfego: O Modo IA levará a menos tráfego em comparação com a Pesquisa Google tradicional? Os dados iniciais revelam uma disparidade significativa nas taxas de referência:
- 24% das Sessões de Pesquisa Google resultam em um clique.
- 4,5% das Sessões do Modo IA resultam em um clique.
Isso significa que o Modo IA leva 5 vezes menos tráfego que a Pesquisa Google.
Por que o Modo IA leva menos tráfego?
Algumas das possibilidades elencadas para que o Modo IA leve menos tráfego são:
- Completude da resposta: O Modo IA pode fornecer respostas mais abrangentes, antecipando futuras perguntas por meio de técnicas de “Query Fan-Out“. Se os usuários recebem todas as informações necessárias dentro do Modo IA, sua necessidade de buscar sites externos diminui.
- Design da interface do usuário: A interface do Modo IA, com links ancorados dentro da saída generativa e links menos proeminentes em um contêiner lateral, pode inerentemente desencorajar ou obscurecer cliques externos em comparação com o layout tradicional da SERP.
- Intenção comercial reduzida: As consultas iniciais do Modo IA podem tender mais para pesquisas informacionais ou baseadas em fatos, onde uma única resposta direta é frequentemente suficiente, em vez de consultas comerciais ou transacionais que normalmente impulsionam taxas de cliques mais altas na pesquisa tradicional.
Pesquisas distintas mostram situações parecidas
Recentemente, uma pesquisa de ahrefs mostrou que o engajamento de usuários vindos de LLMs não são maiores que os da Pesquisa ou mesmo da média geral dos portais.
De forma geral, os dados aqui apresentados por Similarweb foram os esperados. Principalmente nos Estados Unidos, os sites têm visto quedas na audiência, que já antecipavam o declínio no tráfego.
Além disso, é digno de nota que o Google escolheu por design enviar menos tráfego aos editores. É plenamente possível à Inteligência Artificial Generativa encaminhar os usuários aos sites com mais frequência. Entretanto, o Google escolheu por fazer isso menos vezes.
Falamos sobre o assunto aqui:
Publisher do "Não é Agência!" e Especialista de SEO, Willian Porto tem mais de 21 anos de experiência em projetos de aquisição orgânica. Especializado em Portais de Notícias, também participou de projetos em e-commerces, como Americanas, Shoptime, Bosch e Trocafone.
