O Google anunciou que o Modo IA está disponível na Índia para usuários que ativaram a ferramenta no modo Lab.
Chamou atenção, também, a intenção de integrar o máximo possível de inteligência artificial nos resultados de busca, uma medida que visa revolucionar a forma como os usuários interagem com a informação online.
A empresa afirma que essa iniciativa, batizada de “Modo AI”, tem como objetivo principal ajudar as pessoas a explorar o melhor da web, permitindo que expressem suas buscas com mais nuances e recebam conteúdo relevante em diversos formatos. A expectativa é que isso expanda os tipos de perguntas que as pessoas podem fazer, criando novas oportunidades para a descoberta de conteúdo.

Quando o Google não tem confiança
A exceção para IA é a falta de confiança no resultado generativo. Nesse caso, a empresa prefere respostas padrões. Isso acontece, sobretudo, em resultados críticos sobre saúde e finanças e em notícias, uma vez que o sistema de IA pode ter deixado detalhes importantes de lado.
Entretanto, vale ressaltar, que o entrave é tecnológico. Quando o Google tiver mais confiança nos resultados, provavelmente, também terão respostas com IA.
Isso está em acordo com especialistas que afirmam ser questão de tempo para termos maior penetração generativa em notícias.
O Interesse do Google na IA e a Dificuldade de Monetização dos Publishers
A aposta do Google na IA é clara: ao fornecer respostas diretas e precisas, a gigante da tecnologia busca aprimorar a experiência do usuário e manter sua posição dominante no mercado de buscas.
A empresa destaca que o “Modo AI” está fundamentado em seus sistemas de qualidade e classificação, e que novas abordagens estão sendo utilizadas para melhorar a factualidade das informações. O objetivo é “mostrar uma resposta alimentada por IA o máximo possível”.
No entanto, essa estratégia levanta sérias preocupações para os publishers e criadores de conteúdo. Com o Google fornecendo respostas cada vez mais completas diretamente nos resultados de busca, o tráfego para os sites de origem pode diminuir drasticamente.
Isso representa um desafio significativo para a monetização, já que a publicidade e outras fontes de receita dependem diretamente do volume de visitas. A pergunta que paira no ar é: como os publishers sobreviverão em um cenário onde o usuário não precisa mais clicar em seus links para obter a informação desejada?
O Google e as incertezas do futuro da Web
Apesar do entusiasmo com a IA, o próprio Google reconhece as incertezas inerentes a essa transição. A empresa admite que, como qualquer produto de IA em estágio inicial, “nem sempre acertaremos”, mas se compromete com a melhoria contínua e aguarda o feedback dos usuários.
A falta de confiança no comunicado contrasta com as falas, tão confiantes, de executivos, com Pichai e Fox.
O lançamento como um experimento nos Laboratórios é uma parte crucial desse processo. Essa postura revela que, mesmo para uma empresa do porte do Google, o futuro da web impulsionado pela IA ainda é um terreno a ser explorado, com desafios e dúvidas que vão além da tecnologia. A dificuldade em ter respostas claras sobre como a web se desenvolverá com a predominância da IA é evidente, não apenas para os publishers, mas para o próprio motor de busca que a molda.
Será que a busca por respostas rápidas e diretas, impulsionada pela IA, transformará a web em um ecossistema mais fechado, onde a descoberta de conteúdo independente se torna mais difícil? Ou a IA abrirá novas avenidas para a criatividade e a interação, como o Google espera? O tempo dirá como essa nova era da busca se desdobrará.
Publisher do "Não é Agência!" e Especialista de SEO, Willian Porto tem mais de 21 anos de experiência em projetos de aquisição orgânica. Especializado em Portais de Notícias, também participou de projetos em e-commerces, como Americanas, Shoptime, Bosch e Trocafone.
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