Google afirma que deseja inserir o máximo possível de IA nos resultados, em anúncio na Índia

Willian Porto
5 Min Read

O Google anunciou que o Modo IA está disponível na Índia para usuários que ativaram a ferramenta no modo Lab.

Chamou atenção, também, a intenção de integrar o máximo possível de inteligência artificial nos resultados de busca, uma medida que visa revolucionar a forma como os usuários interagem com a informação online.

A empresa afirma que essa iniciativa, batizada de “Modo AI”, tem como objetivo principal ajudar as pessoas a explorar o melhor da web, permitindo que expressem suas buscas com mais nuances e recebam conteúdo relevante em diversos formatos. A expectativa é que isso expanda os tipos de perguntas que as pessoas podem fazer, criando novas oportunidades para a descoberta de conteúdo.

Google diz que deseja alimentar respostas com IA no máximo possível

Quando o Google não tem confiança

A exceção para IA é a falta de confiança no resultado generativo. Nesse caso, a empresa prefere respostas padrões. Isso acontece, sobretudo, em resultados críticos sobre saúde e finanças e em notícias, uma vez que o sistema de IA pode ter deixado detalhes importantes de lado.

Entretanto, vale ressaltar, que o entrave é tecnológico. Quando o Google tiver mais confiança nos resultados, provavelmente, também terão respostas com IA.

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Isso está em acordo com especialistas que afirmam ser questão de tempo para termos maior penetração generativa em notícias.

O Interesse do Google na IA e a Dificuldade de Monetização dos Publishers

A aposta do Google na IA é clara: ao fornecer respostas diretas e precisas, a gigante da tecnologia busca aprimorar a experiência do usuário e manter sua posição dominante no mercado de buscas.

A empresa destaca que o “Modo AI” está fundamentado em seus sistemas de qualidade e classificação, e que novas abordagens estão sendo utilizadas para melhorar a factualidade das informações. O objetivo é “mostrar uma resposta alimentada por IA o máximo possível”.

No entanto, essa estratégia levanta sérias preocupações para os publishers e criadores de conteúdo. Com o Google fornecendo respostas cada vez mais completas diretamente nos resultados de busca, o tráfego para os sites de origem pode diminuir drasticamente.

Isso representa um desafio significativo para a monetização, já que a publicidade e outras fontes de receita dependem diretamente do volume de visitas. A pergunta que paira no ar é: como os publishers sobreviverão em um cenário onde o usuário não precisa mais clicar em seus links para obter a informação desejada?

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O Google e as incertezas do futuro da Web

Apesar do entusiasmo com a IA, o próprio Google reconhece as incertezas inerentes a essa transição. A empresa admite que, como qualquer produto de IA em estágio inicial, “nem sempre acertaremos”, mas se compromete com a melhoria contínua e aguarda o feedback dos usuários.

A falta de confiança no comunicado contrasta com as falas, tão confiantes, de executivos, com Pichai e Fox.

O lançamento como um experimento nos Laboratórios é uma parte crucial desse processo. Essa postura revela que, mesmo para uma empresa do porte do Google, o futuro da web impulsionado pela IA ainda é um terreno a ser explorado, com desafios e dúvidas que vão além da tecnologia. A dificuldade em ter respostas claras sobre como a web se desenvolverá com a predominância da IA é evidente, não apenas para os publishers, mas para o próprio motor de busca que a molda.

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Será que a busca por respostas rápidas e diretas, impulsionada pela IA, transformará a web em um ecossistema mais fechado, onde a descoberta de conteúdo independente se torna mais difícil? Ou a IA abrirá novas avenidas para a criatividade e a interação, como o Google espera? O tempo dirá como essa nova era da busca se desdobrará.

Publisher e Especialista em SEO | Web |  + posts

Publisher do "Não é Agência!" e Especialista de SEO, Willian Porto tem mais de 21 anos de experiência em projetos de aquisição orgânica. Especializado em Portais de Notícias, também participou de projetos em e-commerces, como Americanas, Shoptime, Bosch e Trocafone.

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